A consulta oftalmológica é fundamental para a detecção, tratamento e prevenção das principais doenças oculares.

Escolha o médico oftalmologista de sua confiança, após a indicação de amigos ou familiares e verifique as referências do profissional.

Cuidados antes da consulta

Se você usa lentes de contato, suspenda o seu uso 24 horas antes da sua avaliação.

Procure chegar à clínica 15 minutos antes do seu horário, para que as atendentes façam o seu cadastro e realizem o preparo do seu exame.

Pode ser necessário o uso de colírios para a dilatação da pupila. Neste caso, os seus olhos ficarão mais sensíveis à luz e com a visão embaçada, por isso é importante a presença de um acompanhante.

Evite dirigir após o exame e leve óculos escuros, que ajudam a amenizar o desconforto pós-consulta.

Como funciona a consulta oftalmológica?

A consulta oftalmológica é composta pelas seguintes avaliações:

Biomicroscopia: Avaliação das pálpebras, cílios, conjuntiva, córnea, câmara anterior, íris, pupila, cristalino e vítreo anterior.

Tonometria: Medida da pressão intraocular.

Ceratometria Computadorizada: Avaliação da curvatura da córnea.

Refração: Verificação da acuidade visual e a detecção de erros refracionais (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia).

Fundoscopia: Avaliação da retina (“fundo de olho”), corpo vítreo, nervos ópticos e vasos sanguíneos.

Avaliação da Motilidade Ocular: para a detecção de estrabismo e insuficiência de convergência.

Ao final da consulta, o paciente recebe as orientações e, caso seja necessário, a prescrição para os óculos.

É uma doença ocular em que o formato e a espessura da córnea se modificam, devido a fatores genéticos ou pelo ato repetido de esfregar os olhos, comum nas conjuntivites alérgicas.

Inicialmente ocorre o embaçamento da visão, com o surgimento de um astigmatismo irregular, que evolui de maneira progressiva. Fotofobia (sensibilidade à luz) e halos em torno das luzes também podem estar presentes.

O diagnóstico definitivo é estabelecido com a paquimetria, topografia corneana ou pentacam.

O objetivo do tratamento é melhorar a qualidade visual do paciente, podendo demandar óculos, lentes de contato ou cirurgias, como o crosslink, implante de anel intracorneano ou transplante de córnea.

Inflamação da conjuntiva, membrana transparente que reveste a parte externa do olho. Pode ser infecciosa, alérgica e química. Se manifesta mais frequentemente por vermelhidão, secreção, lacrimejamento, inchaço nas pálpebras, sensação de corpo estranho e intolerância à luz (fotofobia).

As conjuntivites podem ocorrer em qualquer idade e o seu diagnóstico é basicamente clínico. O tratamento é feito com colírios, de acordo com o tipo específico da inflamação.

Em casos infecciosos, deve-se evitar o contato com outras pessoas, lavar as mãos com frequência, usar álcool para desinfecção de objetos e separar uma toalha de rosto, exclusiva para a pessoa contaminada.

É uma doença que se apresenta com a degeneração ou “desgaste” da mácula, área mais nobre da retina, responsável pela formação da nossa visão central.

Manchas na visão, diminuição da capacidade de leitura e embaçamento são alguns dos sintomas.

É mais comum após os 60 anos de idade. O surgimento pode estar ligado a fatores hereditários e/ou ambientais, como tabagismo e exposição crônica à luz solar / radiação ultravioleta.

A DMRI, na forma seca, ainda não tem tratamento, mas o médico oftalmologista pode indicar medicamentos que podem desacelerar a sua evolução. A forma úmida é tratada com medicação intraocular.

Estrabismo é quando os olhos não se encontram alinhados ou ocorre a falta de coordenação em seus movimentos. A maioria dos casos tem início na infância, mas também pode ocorrer durante a vida adulta.

No adulto geralmente ocorre a visão dupla ou diplopia, que não está presente na infância. Dor de cabeça, dor nos olhos, fadiga visual e mudança na posição da cabeça, ao fixar a visão, são alguns dos sintomas.

O estrabismo pode ser convergente (desvio para dentro), divergente (desvio para fora) ou vertical (um olho mais alto ou mais baixo que o outro).

A doença, além da questão estética, pode apresentar-se com a limitação do desenvolvimento visual do olho desviado - ambliopia ou “olho preguiçoso”, que, se não tratada, poderá ter repercussões por toda a vida.

Na infância o tratamento envolve o uso de óculos, tampão ou cirurgia. No adulto o tratamento depende da causa do estrabismo.

É uma doença que afeta o nervo óptico, geralmente relacionada ao aumento da pressão intraocular e que leva à uma diminuição progressiva da visão periférica.

O diagnóstico só pode ser feito na consulta oftalmológica, já que é uma doença que não apresenta sintomas nas fases iniciais. É mais comum no idoso, embora possa ocorrer também em jovens e nas crianças.

Pode ser causada pelo uso repetido de colírios com corticóide ou surgir como complicação da retinopatia diabética, oclusão vascular da retina e/ou catarata.

O tipo mais comum da doença é o glaucoma crônico, com evolução lenta e progressiva. No glaucoma agudo existe dor ocular forte e embaçamento da visão.

O tratamento é feito inicialmente com colírios que diminuem a pressão intraocular. Alguns casos são tratados com laser ou cirurgia, quando a pressão não é controlada clinicamente.

O glaucoma tem tratamento, mas não tem cura. O exame oftalmológico periódico é essencial para evitar a evolução desfavorável da doença que pode, até mesmo, levar à cegueira.

São dispositivos ópticos utilizados para a correção das ametropias (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) ou para o tratamento de algumas patologias oculares (lentes terapêuticas).

Podem ser gelatinosas ou rígidas gás-permeáveis. Exigem a prescrição e a adaptação por um médico oftalmologista, conforme a curvatura e o tipo do grau do paciente.

O seu uso exige o seguimento das orientações fornecidas pelo médico e um cuidado rigoroso com a higiene, devido ao risco de complicações, como as infecções, que podem conduzir à perda total ou parcial da visão.

É uma doença vascular que afeta a retina de pacientes diabéticos. A retina é a camada do fundo do olho, onde é formada a visão. O nível elevado da glicose provoca uma lesão nos vasos sanguíneos da retina, que se torna inchada e com a presença de “derrames” ou hemorragias.

Manifesta-se com a diminuição ou borramento da visão, sem dor ou outros sintomas associados.

O diagnóstico é feito através de exame de fundo de olho, retinografia e com a tomografia de coerência óptica (OCT).

O tratamento exige o controle rigoroso da glicemia e, em muitos casos, aplicação de laser, uso de medicações intraoculares ou cirurgias.

Com o uso cada vez maior e mais precoce das tecnologias, surgem preocupações acerca dos efeitos das telas de computadores, tablets e smartphones em nossa visão.

Ardor, fadiga ocular e lacrimejamento são sintomas comuns, nos usuários dos eletrônicos. Ao se expor às telas, ocorre um ressecamento dos olhos, devido à diminuição na frequência do piscamento ocular.

Nos últimos anos tem-se observado um aumento na incidência dos casos de miopia em crianças e jovens. Esse aumento pode estar relacionado ao uso excessivo das telas por pessoas nessa faixa etária, embora uma relação direta ainda não tenha sido comprovada. Sabe-se que a baixa exposição às luzes solares correlaciona-se a uma maior chance de desenvolvimento desta doença. Desta forma deve existir um efeito indireto nestes indivíduos, pois provavelmente, ao se utilizar das telas, eles se expõem menos à luz solar, justificando um aumento nos casos da miopia.

É uma doença inflamatória da camada média do olho (íris, corpo ciliar ou coróide), provocada por doenças reumatológicas ou infecciosas, como a toxoplasmose, tuberculose, sífilis, etc.

Muitas vezes se apresenta como uma conjuntivite comum, com vermelhidão e dolorimento ocular. Embaçamento visual e “moscas volantes” são sinais de alerta.

O diagnóstico e o tratamento precoces são fundamentais para evitar as sequelas na visão.

É uma doença ocular relacionada à irregularidade na curvatura da córnea, que provoca a distorção ou borramento da visão. Sensação de ardor, lacrimejamento, fadiga ocular e dores de cabeça são sintomas comuns.

A correção pode ser feita com óculos, lentes de contato ou cirurgia, conforme orientação do médico oftalmologista.

É uma doença ocular em que o foco da visão ocorre atrás da retina. Dificuldade na visão para perto é o sintoma principal, embora, nos graus mais elevados, ocorra um prejuízo também na visão para a distância. Outras manifestações: sensação de peso nos olhos, dores de cabeça e cansaço ocular.

Tratamento é realizado com óculos, lentes de contato ou cirurgia.

Doença caracterizada pela diminuição da visão para médias e longas distâncias. O foco da visão ocorre atrás da retina, geralmente devido ao alongamento dos olhos ou excesso de convergência da córnea e/ou cristalino. Pode ocorrer em crianças, embora seja mais comum a partir da adolescência. Dor de cabeça, devido ao ato de “apertar os olhos”, é um sintoma comum.

O tratamento pode ser feito com óculos, lentes de contato, ou cirurgia, conforme indicação do médico oftalmologista.

É uma condição ocular associada ao envelhecimento dos nossos olhos, conhecida popularmente como “olhos cansados”. A partir dos 40 anos de idade, perdemos progressivamente a capacidade de focalizar a nossa visão para perto, devido ao enrijecimento da musculatura que envolve o nosso cristalino.

A correção é feita com óculos, lentes de contato ou cirurgia.

Para a cirurgia de catarata o seu médico pedirá exames para a avaliação do olho a ser operado e também exames de sangue, eletrocardiograma e o “risco cirúrgico/anestésico”.

No dia marcado para a cirurgia, compareça ao hospital duas horas antes do horário agendado. Após o seu cadastro na recepção, você será encaminhado(a) para o preparo pré-operatório.

Leve os resultados dos exames e o relatório do risco cirúrgico/anestésico. Deixe objetos de valor, como alianças, jóias e relógios, em casa. É importante a presença de um acompanhante.

Ao final da cirurgia, após um período de observação no hospital, você poderá retornar para casa, onde fará o repouso e iniciará os colírios prescritos pelo médico oftalmologista.

No dia seguinte será feito um retorno na CLINIC, para a retirada do curativo, avaliação pós operatória e o agendamento das próximas revisões.

Para a cirurgia o seu médico pedirá exames de sangue, que deverão ser levados no dia da cirurgia.

Compareça ao hospital uma hora antes do horário agendado, para o seu cadastro na recepção e encaminhamento para o Centro Cirúrgico. É importante a presença de um acompanhante.

Ao final da cirurgia, após as orientações do seu médico oftalmologista, você poderá retornar para casa, onde fará o repouso e iniciará o uso da medicação prescrita.

São nódulos inflamatórios que surgem nas pálpebras, se diferenciando por acometer glândulas sebáceas ou folículos dos cílios.

Geralmente são dolorosos e avermelhados, podendo apresentar um ponto de drenagem ou pústula. Sensação de corpo estranho, ardor e lacrimejamento são sintomas comuns.

O tratamento é feito com compressas, pomadas, antibióticos e/ou drenagem cirúrgica.

Catarata é o processo de opacificação do cristalino (lente natural do olho). Nas fases iniciais pode ocorrer uma mudança no “grau” dos olhos, dificuldade na visão noturna ou, até mesmo, uma certa intolerância à luz. Com o desenvolvimento da doença, a visão torna-se borrada ou embaçada, podendo levar até à sua perda total.

A catarata pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo mais comum a forma senil, após os 50 anos de idade. Genética e exposição crônica à luz solar, são importantes em seu desenvolvimento.

A forma congênita, presente ao nascimento, geralmente está relacionada à alguma infecção durante o período gestacional, como toxoplasmose, rubéola ou citomegalovirose.

Existem as formas secundárias, relacionadas ao diabetes, tabagismo, traumas, radioterapia, glaucoma, inflamações intraoculares (uveítes), pós-cirurgias retinianas e/ou uso crônico de corticoides.

Quando ocorre algum comprometimento da visão, o tratamento cirúrgico é indicado.

A técnica utilizada é a “Facoemulsificação”, que consiste na fragmentação e aspiração do cristalino, seguida do implante de uma lente intraocular. Esta é introduzida no olho através de uma mini incisão de 2,2 ou 2,75mm, que, geralmente, não necessita de sutura com pontos. Existem diversas lentes disponíveis, que podem corrigir o “grau” do olho operado, diminuindo a necessidade do uso dos óculos no pós operatório.

A catarata, quando não tratada, pode levar ao desenvolvimento do glaucoma - devido ao aumento do volume do cristalino, que dificulta o escoamento do humor aquoso (líquido presente na parte interna dos olhos) e consequente aumento da pressão intraocular.

Nos casos avançados pode evoluir até à perda total visão, o que justifica o acompanhamento oftalmológico anual, para as pessoas acima dos 50 anos de idade.

É uma doença que cursa com o espessamento da membrana que recobre a superfície externa do olho (conjuntiva), podendo se estender do ângulo interno até o centro da córnea.

Fatores genéticos e a exposição crônica à radiação solar, ou solda, são importantes na sua formação.

Olho vermelho, sensibilidade à luz, sensação de corpo estranho e ardor, geralmente estão presentes. Pode afetar a visão, caso chegue até à área central do olho.

O tratamento pode ser feito com colírios, para o alívio dos sintomas, mas a cirurgia é o tratamento definitivo. Converse com o seu oftalmologista sobre as opções para evitar a sua recorrência após a operação.